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domingo, 3 de agosto de 2014

3a. Reunião com a SME RJ 2014

Mais uma reunião aconteceu no último dia 01/08/14 entre os pais representantes do CEC das CRE's e a secretária de educação, Sra. Helena Bomeny.

A frequência desses encontros, que se intensificou neste ano em relação aos anos anteriores, favorece os debates em torno das mudanças que precisam ocorrer dentro das escolas municipais que os nossos filhos (dos representantes e dos pais que representamos) estudam hoje.

O país precisa cuidar do desenvolvimento de todas as incontáveis riquezas naturais que ele possui. Para isso precisa não somente de mão de obra humana braçal, mas também pensante, que domine e crie novas tecnologias, que seja capaz de executar uma boa gestão, que estabeleça boas relações com o mundo, que seja capaz de cuidar do crescimento do país. E esses profissionais podem ser nossos filhos. Mas para isso eles precisam ser bem preparados. Se não estiverem, existem milhões de profissionais estrangeiros que lá fora são bem preparados em suas escolas, prontos para assumirem posições importantes que precisam ser nossas. Isso sempre aconteceu. O potencial do mercado brasileiro sempre foi uma "galinha dos ovos de ouro". Não podemos aceitar que nossos filhos fiquem apenas com a sobra ou com o sub emprego que a ele restou pela falta de preparo plantada estrategicamente lá na falência das escolas públicas e das privadas também. A rede pública tem os melhores mestres que tem capacidade para realizar este trabalho e nós, pais e responsáveis, precisamos estarmos juntos a eles nesta luta e não contra.

Muitos assuntos polêmicos foram debatidos. Mais divergências do que convergências. É sempre nítida a separação dos interesses dos pais com os interesses dos professores. Sinto uma falta profunda de algo ou alguém que esclareça e una as ideias em um só ideal.

A questão da falta dos porteiros nas escolas não considero que esteja sendo cobrada porque "as pessoas não gostem de perder o que conquistaram". O porteiro também não pode e não deve exercer a função de segurança, claro. Mas como já descrevi numa matéria com este tema (leia aqui), vejo este profissional como fundamental em toda e qualquer empresa que possua um fluxo intenso de entrada e saída de pessoas, sobretudo numa metrópole como o Rio de Janeiro. O paliativo de realocar os readaptados para as portarias não deu muito certo porque muitas vezes a doença que o readaptado tem, possui relação direta com o trabalho de portaria. Nesta questão não se pode considerar que o profissional tenha que ter boa vontade. É preciso se fazer cumprir o que diz a lei. Nós não a conhecemos bem, mas a secretaria, muito. Embora o tema tenha sido bastante debatido, saímos da reunião sem uma definição do que irá acontecer daqui pra frente em relação a esse assunto.

Embora sejamos sempre muito bem recebidos pela prefeitura, com muito carinho até, diplomacia, educação e mimos, aos quais agradeço, não podemos nunca esquecer que defendemos um ideal valioso e que sempre foi sub-julgado e subaproveitado pelos seus comandantes, sempre com a visão estratégica de defender o sistema privado, capitalista. Tudo o que é cobrado não é nada pessoal, mas o pleito é pela melhoria do sistema que hoje existe.

Uma rede enorme, com conteúdo fraco, com muitos professores desmotivados, grande parte dos alunos desestimulados e despreparados, inúmeras famílias que não sabem ou não tem tempo para oferecer o apoio que as escolas esperam... Este é o cenário da rede do município hoje. A parte de estrutura física vem melhorando a cada dia. O repasse das verbas tem chegado, embora haja algumas pedras no caminho. Mas aos poucos vem se fazendo o que é necessário. Pode acelerar mais. É isso que temos que cobrar porque o que está sendo feito de bom é direito de todos, precisa chegar a todos. Precisamos aprender a conhecer e cobrar os nosso direitos como estão na lei. Não aceitemos qualquer coisa ou qualquer resposta.

Um grande abraço a todos os pais e representantes que bravamente doam seu tempo em prol de um grande objetivo, que precisa ser reconhecido e a todos pais e famílias que, como podem, procuram exercer o seu papel na educação de nossas crianças.








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