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sexta-feira, 14 de março de 2014

A escolha do representante do CEC - Segmento Responsável



Olá família leitora!

Faz parte do processo democrático ter conhecimento dos nossos direitos e deveres e não somente isso, mas de ter também o conhecimento suficiente para entender claramente como as coisas funcionam.
Por isso acho tão importante que vocês entendam como foi o meu processo de eleição para mãe responsável. Leia AQUI a matéria completa sobre o que significa e qual é o papel fundamental de um CEC forte dentro da gestão de uma escola.

Tudo começou em 2011, quando ao saber que meus filhos estavam sem professor para iniciar o ano letivo, sem nenhuma previsão fornecida pela escola, num ato súbito de indignação e preocupação com a garantia do cumprimento dos 200 dias de aula a que a Lei de Diretrizes e Bases estabelece como direito dos alunos e dever da escola, redigi carinhosa, diplomática e desesperadamente um pedido de S.O.S a todos os endereços de email divulgados na estrutura do site da Secretaria Municipal de Educação. De todos que enviei apenas e grandiosamente uma pessoa me respondeu de uma maneira que eu jamais imaginei ser respondida. Ele não somente acolheu o meu pedido de socorro, como me abriu um link de auxílio para todas as vezes que eu precisasse colocar algo relevante. Um dia após o meu pedido, uma professora veio para a nossa escola com pedido urgente e prioritário e depois de algum tempo vim saber pela própria, que ela chegou com meu email nas mãos, integralmente como havia sido escrito. Após este fato, nossa querida escola iniciou um processo de transformação geral, desde a sua organização até visões obsoletas, que já não cabiam mais no cenário de desenvolvimento da educação que sonhamos para a nossa sociedade. Em resposta ao êxito do meu apelo, a direção da escola promoveu uma rápida eleição para representante do segmento Pais do CEC da escola, que até então não funcionava exatamente como deveria e eu fui então eleita.

É importante que fique claro que um pai ou mãe representante do CEC não está ligado a nenhum órgão ou entidade externo, nem tampouco a partidos políticos e não é remunerado pelo tempo e trabalho intelectual que desempenha juntamente com os integrantes dos outros segmentos (direção, professores, alunos e funcionários) e tem o único interesse de salvaguardar os direitos das crianças a uma educação de qualidade,  participando e consultando os pais nas tomadas de decisões importantes, garantindo o exercício da plena democracia dentro do ambiente escolar. O responsável representante tem acesso e assina os orçamentos, gastos e prestações de contas dos recursos públicos disponíveis, conhecendo de perto as problemáticas da escola em nome de todos os pais de alunos da escola, promove reuniões e leva ao conselho o resultado do consenso entre eles. A autonomia de não ter vínculo financeiro é fundamental, pois nos dá a liberdade de exigir o pleno execício da democracia sem qualquer receio e os ganhos são indiretos e mais profundos com a melhoria da escola da qual nossos maiores tesouros fazem parte.

É interessante destacar também que eu e nenhum outro pai que conversei até hoje, passou por algum tipo de treinamento ou preparo para exercer o papel de representante do Conselho. Apelo que fiz à Sonia Marques, coordenadora da 7ª CRE em uma das nossas reuniões. Considero vital para um trabalho sério, que todos do conselho entendam detalhadamente o que, como, para que, até aonde o CEC pode ir. Como discutir e deliberar ações vitais para escola sem entender o seu projeto político pedagógico e sua gestão? A direção sabe, mas não basta. Eu sou observadora, curiosa e estou bastante aberta para aprender, mas esta está longe de ser a realidade geral e mesmo assim, ainda não basta.


LDB em  slides AQUI


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