Queridas famílias,
Hoje participei de uma importante reunião, o primeiro encontro do ano com a equipe da 7ª Coordenadoria de Educação. Estavam presentes alguns pais responsáveis de territórios, uma pena que menos da metade e um integrante de cada área: Coordenação geral, recursos humanos, infra orçamentária, Programa Conservando e infra, TI, pedagógico e ouvidoria.
Posso dizer que foi produtiva no meu ponto de vista e acredito que para eles também tenha sido. Nos conhecemos um pouco mais e para mim, que inicio mais de perto esse trabalho de representação no CEC escolar, foi uma grande oportunidade de fazer muitos questionamentos e entender, ainda que pouco,dessa gigantesca dinâmica que é a administração de uma rede tão grande quanto a das escolas da Prefeitura do RJ.
Mas sigo com a nossa proposta na criação deste espaço tão importante para as famílias que é de trocar experiências, visões e informações que contribuam para a construção de um pensamento crítico com o maior objetivo de encontrar soluções e não somente justificativas para que tudo continue como está.
Os representantes da CRE se colocaram à disposição para quaisquer dificuldades ou dúvidas.
Fiz muitas perguntas, para cada área correspondente, para buscar compreender de fato porque algumas soluções ainda são tão difíceis de serem encontradas ou mesmo implementadas. Acompanhem abaixo algumas delas:
1) Existe um Projeto Político Pedagógico em cada escola da Prefeitura? Entendi que sim e que cada escola tem essa atribuição independente, mas ficou a sensação em mim de que não há uma fiscalização direta sobre a sua efetivação; Vou procurar ler o da escola pela qual represento e buscar os demais do território 17, a qual sou representante titular para entender melhor como esta dinâmica funciona e quantas vezes ele foi modificado desde a sua criação;
2) Existe uma exigência como regra de todas as escolas fornecerem no início de cada ano um planejamento estratégico contendo os problemas e as soluções que precisam ser dadas? Entendi que sim. Vou procurar ter acesso aos que a minha escola forneceu.
3) Quem fiscaliza o projeto Conservando e avalia o trabalho da terceirizada não é a CRE? Sim e o Conservando não é mais um projeto, ele já é um Programa.
4) Relatei o problema da Escola Luiz Gonzaga, em relação à bomba d’água, que se prolongou por 04 anos seguidos e que somente agora, depois de a empresa ter se comprometido em ata é que está sendo resolvido. (leia a matéria completa AQUI) Levei essa questão por não se tratar de um problema pontual, já que a empresa informou ter os mesmos problemas em outras escolas a que atendem e que por isso não tinham tempo para resolver a questão na nossa escola, questionei como é feita a avaliação desta empresa que presta o serviço pela CRE. Recebi a informação de que o Programa Conservando, prestado pela empresa Obra Prima - Engenharia e Arquitetura, trata apenas de obras emergenciais. Fiz a observação de que li no site da Prefeitura que o Programa Conservando trata de todos os tipos de reparos, inclusive reformas e construções e que eu conheci a equipe de emergência e a equipe de reparos mais complexos, que inclusive estão atuando na nossa escola e ambas as equipes pertencem à mesma empresa Obra Prima – Engenharia e Arquitetura. Essa questão ficou ainda bem confusa para mim, tanto na avaliação do trabalho que está sendo realizado dentro da escola Luiz Gonzaga, quanto ao critério de avaliação dos serviços prestados a outras escolas.
5) Perguntei ainda se os relatos ou avaliações das escolas tinham peso nas avaliações da CRE. Entendi que sim.
6) O boletim on-line divulgado na cartilha da Prefeitura não está funcionando? Entendi que existe uma divergência na integração dos sistemas utilizados nas escolas e na Prefeitura e que por isso ainda vai demorar um pouco. Penso que então não deveria ter sido divulgado para os pais como sendo um serviço já prestado.
7) Existe algum programa ou projeto dentro da CRE relativo ao tratamento da questão que envolve a violência no recreio ou dentro do complexo escolar? Entendi que cada escola tem a responsabilidade de criar seus projetos, dentro do PPP. Mas fiquei com a sensação de que esta não deveria ser uma questão que pertencesse somente às escolas e que esta discussão e o interesse pela efetiva solução deste terrível problema, deve ser responsabilidade de todos os profissionais de educação. Os pais não sabem como resolvê-lo, mas podem e devem participar deste processo; Debatendo o tema violência com a escola Luiz Gonzaga, ao ser informada dos vários programas que estão sendo praticados pela escola, pedi um mural frequente com fotografias para fortalecer nos alunos o que nossa escola tem de bom, inclusive os passeios culturais. É fundamental participar às família e a comunidade e penso que fotografias podem ajudar muito. Hoje não existe este mural dentro da escola. Me ofereci para ser a fotógrafa. Sugeri também a criação de um grupo de teatro e a reforma do auditório da escola. Trazer os responsáveis por motivos positivos como apresentação dos alunos, reconhecimento de algo bom e para parabenizar também reforça a auto-estima das crianças.
8) Todas as escolas da prefeitura receberam a verba para a climatização? Entendi que sim, mas que existe um processo burocrático necessário para a sua implementação. Entendi que foram feitos vários encontros entre a responsável pelo orçamento e infra e os diretores da rede, explicando o processo com os seguintes passos: A verba já está liberada, a direção faz a cotação com 3 empresas distintas e que atendam às exigências da Prefeitura, assim como acontece nos processos de licitação, embora este não seja o caso, a empresa escolhida inicia o processo de preparo da parte elétrica para o aumento de carga dentro do prédio até a caixa de fora, somente então a escola faz a solicitação de aumento de carga junto à empresa LIGHT (sem que seja efetuado nenhum pagamento a prestadora), a LIGHT faz a avaliação em até 30 dias e efetiva o aumento da carga e autoriza a instalação dos aparelhos. Somente então a escola deve efetuar a compra dos condicionadores de ar. Meu ponto de vista é de que este processo, embora pareça burocrático, é muito importante e evita sérios problemas futuros, mas muitas escolas precisarão de muito apoio e uma orientação uniforme para que saia tudo certo. Parece que está havendo informações ou entendimentos divergentes, como, por exemplo, o prazo fornecido pela LIGHT, que tem sido recentemente de 90 dias, devido à grande demanda.
9) As carteirinhas escolares, documento cidadão fundamental para os estudantes, já foram distribuídas? Houve uma certa dúvida, mas depois uma confirmação de que foi enviado um email para todas as escolas e que todas as que responderam, já receberam. Ao chegar à minha escola, fui informada pela direção de que o email foi respondido, porém as carteirinhas não haviam chegado. A direção se comprometeu a reenviar o referido email.
10) A questão mais polêmica da reunião foi em relação à falta de professores e de agentes educadores nas creches; Vários representantes se colocaram. O problema resumidamente ficou sob a responsabilidade da Prefeitura. Equiparação salarial pleiteada pelos agentes educadores, que precisam ter um nível de escolaridade dentro da área de educação, com os professores titulares. Esta discussão impede um edital de contratação neste momento, até que seja definido. Faltas e licenças continuam sendo um problema crônico que não parece ter solução a curto prazo. Esta questão precisará ser melhor compreendida num momento com a secretária de educação.
A Coordenadoria de Educação considera que já houve grandes avanços dentro do cenário escolar desde quando a nova coordenadora assumiu, mas ainda assim, ao serem questionados, a resposta foi unânime: nenhum membro presente na equipe tem um filho ou neto matriculados em escolas da Prefeitura, aqueles que os tem. Pode ter melhorado, mas a verdade é que as famílias atuantes ainda não tem esta sensação.
O mais importante desta discussão e mais ainda de trazê-la a público é de levar ao conhecimento das famílias as discussões acerca da educação dentro do CEC escolar e evitar que o noticiário e a grande imprensa, motivados por forças político-partidárias, sejam monopolizadores de informações e colocações de seus pontos de vista, de fora do problema. É importante que tudo seja esclarecido, sem manipulações. Nada do que escrevo aqui é sigiloso ou não deve chegar ao conhecimento público, muito pelo contrário. São informações que deveriam ser esclarecidas obrigatoriamente família a família, pelos órgãos que regem a educação. Fica aqui o registro de uma mãe atuante, que se preocupa com a educação e que procura através do esclarecimento, de fato contribuir com a mudança. Responsável de pais num CEC não é o que bota a mão na massa pra fazer o trabalho da escola. O objetivo de um conselho não é esse. O pai ou mãe responsável são aqueles que ajudam a construir uma escola bacana debatendo os anseios e dificuldades dos pais e das famílias, fiscalizando o trabalho da escola, dando sugestões, encontrando meios acolhedores de trazerem os pais pra dentro do contexto escolar... E... Se assinamos orçamentos, precisamos entender e analisar mais, para não incorrermos no erro de alegar futuramente que não sabíamos de algo pelo qual acabamos nos comprometendo ingenuamente.
*** As informações aqui contidas são de interesse público e não ferem a moral de nenhum órgão ou pessoa humana.
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA - Quem nos representa tem que conhecer a nossas dificuldades, pensamentos e buscar soluções. É ESSE O BRASIL QUE QUEREMOS!
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